Ministério da Saúde inclui o Piauí na campanha de vacinação contra a dengue

 Ministério da Saúde inclui o Piauí na campanha de vacinação contra a dengue

O Ministério da Saúde incluiu o Piauí na Campanha de Vacinação contra a Dengue. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25). O estado deve receber, já nesta sexta (26), as primeiras 21 mil doses da vacina Qdenga, que serão aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

O Brasil iniciou a vacinação contra a doença no mês de fevereiro em 16 estados, totalizando 521 municípios de regiões endêmicas. Agora, 25 estados passam a vacinar contra a dengue.

Segundo nota técnica do MS, vão receber a vacina municípios do Território entre Rios. A distribuição das doses nos municípios foi determinada com base em três critérios principais: o ranqueamento das regiões de saúde e municípios, o quantitativo necessário de doses conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante).

A definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina.

Até a 16ª semana epidemiológica de 2024, o Piauí registrou 4.195 casos confirmados de dengue, um aumento 88,0% em relação ao mesmo período de 2023. O estado já notificou 6 óbitos causados pela doença.

“Assim que as vacinas chegarem vamos encaminhar aos municípios prioritários conforme a nota técnica do Ministério da Saúde, para que eles façam o seu cronograma de imunização obedecendo ao público-alvo de 10 a 14 anos”, explica Bárbara Pinheiro, coordenadora de Imunização da Sesapi.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa vacina foi aprovada para uso no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.

Assim, considerando as etapas e os fluxos que envolvem a incorporação de um imunobiológico no SUS, o Ministério da Saúde, no mesmo ano (dezembro de 2023), incorporou a vacina ao sistema de saúde. A inclusão da vacina foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) de forma prioritária e em regime de urgência.

“A vacina é mais uma ferramenta para combater essa doença, que se torna grave e pode matar. Temos que fazer a nossa parte não deixando água parada, eliminando criadouros de mosquitos, e agora precisamos levar nossas crianças e adolescentes para tomar a vacina, que é segura”, afirma o secretário de saúde, Antônio Luiz.

A faixa etária de 10 a 14 anos, público-alvo da vacinação contra a dengue, é a que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. É importante lembrar que a vacina Qdenga não oferece proteção contra Zika, Febre Amarela e Chikungunya. A eficácia do imunizante é exclusiva para a prevenção da dengue.

“Temos a vacina agora, mas vale ressaltar que essa ainda não é a principal estratégia para reduzir os casos e mortes por causa da doença. A melhor forma de se proteger contra a dengue é eliminar os focos de transmissão combatendo os criadouros”, destaca a superintendente de Atenção aos Municípios da Sesapi, Leila Santos.

Proteção contra a dengue

A principal forma de combater a dengue é acabar com a proliferação do mosquito por meio da eliminação de criadouros. Vale lembrar que cerca de 75% dos focos do Aedes aegypti, transmissor da doença, estão nas casas das pessoas.

Por isso, mantenha sempre os locais de acúmulo de água totalmente cobertos com telas, capas e tampas, impedindo a criação do mosquito. Fique atento a ralos e demais recipientes (como baldes, vasos de plantas, etc.) que possam acumular água parada.

O uso de repelentes e roupas que tampem as áreas do corpo mais expostas, como braços e pernas, também são uma excelente ação de proteção individual contra a picada do mosquito, que é mais ativo durante o dia.

Mosquiteiros sobre a cama, telas em portas e janelas e ambientes limpos e arejados são mais uma forma de proteção.

Fonte: CCOM

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