João de Deus comenta o arquivamento de processo contra o ex-presidente Lula
O deputado estadual João de Deus (PT) destacou em pronunciamento na sessão plenária de hoje (23) da Assembleia Legislativa o arquivamento pela juíza federal substituta Kelly Polliana Alves, da 12ª Vara Federal de Brasília, do processo contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sobre o caso do sítio de Atibaia.
João de Deus lembrou que Lula já havia sido condenado no mesmo processo pela Justiça Federal em Curitiba, mas o ministro Édson Facchin, do Supremo Tribunal Federal anulou a peça e a encaminhou para ser julgada em Brasília. “Essa é a 17ª decisão arquivada dentre os vários processos de criminalização do PT e de seu maior líder no Brasil”, disse.
Segundo o deputado, Lula sempre disse que havia muitas mentiras com o objetivo de tirá-lo do jogo político de 2018, como de fato ocorreu com a sua condenação e prisão por 580 dias. “Lula teve a sua casa invadida pela Polícia Federal a mando do juiz Sérgio Moro. Reviraram colchões, gavetas e não acharam nada. Quebraram os sigilos telefônico e bancário dele pensando que tinha conta na Suiça como muitos outros políticos. Aí inventaram as mentiras que estão sendo desmontadas”, afirmou.
“A população brasileira está pagando caro por isso. Bolsonaro é o fruto parido pela Lava Jato. Moro está no ostracismo e resolveu ser advogado da Odebrethc, empresa que ele ajudou a quebrar e agora quer salvar. A população amarga a fome, o desemprego, a inflação que está nas alturas por causa das decisões equivocadas tomadas pelo povo ao eleger Bolsonaro, do qual Moro foi ministro e depois brigou”, afirmou.
Se não bastasse todas as mazelas vividas pelo povo, continuou João de Deus, o presidente Bolsonaro ainda fica ameaçando a democracia, afrontando as instituições, inventando debates sobre a urna eletrônica apenas para desviar a atenção dos reais problemas a serem enfrentados. “Se perguntar a qualquer brasileiro quais os maiores problemas do País, certamente ele não vai citar urna eletrônica e voto impresso. Ainda bem que a Câmara derrotou essa proposta”, afirmou.
Por fim, o orador destacou a visita de Lula aos estados do Nordeste, sem provocar aglomerações, ao contrário de Bolsonaro. “Ele esteve em Teresina e se restringiu a reuniões com lideranças empresariais e sociais e o contato com o povo foi através de uma live. Tudo restrito para não darmos a chance de dizerem que Lula estaria fazendo o mesmo que o Bolsonaro”, informou.
O parlamentar petista disse que o Brasil não tem governo e que o presidente está propondo a criação de uma carteira de trabalho sem direito a férias, FGTS e 13º salário. João de Deus critica Bolsonaro por propor também o fim do piso salarial dos professores, que é de apenas R$ 3 mil, mas a Câmara o derrotou. O presidente também emendou a Constituição para dar autonomia ao Banco Central, que agora recebe ordens do mercado financeiro e não do governo.
Fonte: Alepi