Deputado Limma defende isolamento como forma de conter o avanço da Covid-19
Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (3), o deputado Francisco Limma (PT) defendeu o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais para barrar o crescimento dos casos de infectados e de mortes por Covid-19 no Piauí. “Estamos vivendo o momento mais grave da pandemia”, avaliou.
“No início, nós tínhamos um índice de contaminação menor e a população estava em casa, mas hoje nós temos um alto índice de contaminação e a população está toda na rua. A estrutura de saúde está à beira do colapso e a vacina não conseguiu chegar a contento. Então é preciso que haja uma conscientização da sociedade como um todo de que não tem outro caminho. Ou pisamos no freio por uns 30, 40 dias ou a situação vai se agravar muito mais”, advertiu Limma.
“Não adianta ter dinheiro, plano de saúde ou ser dono de hospital, simplesmente não tem vagas nas UTIs. Então é preciso que a população entenda que este é o momento mais grave desde o início da pandemia”, completou.
Francisco Limma também criticou o governo federal pelo descaso com a pandemia e também pela demora na aquisição de vacinas contra a Covid-19.
“O governo federal precisa habilitar as UTIs, uma vez que esses é um dos problemas, e também parar com o corpo mole com relação às novas vacinas. Temos como exemplo a Sputnik V, que a empresa tem condição de produzir, mas por questões burocráticas a Anvisa não autoriza, o que dificulta o acesso de mais gente à vacina”, lamentou.
Sobre as manifestações de empresários e de pessoas que trabalham na noite, o deputado defendeu o direito de todos, mas disse que o momento é de preservar vidas.
“O setor produtivo tem suas razões e numa democracia todos tem o direito de se manifestar, mas agora a vida precisa estar em primeiro lugar. Infelizmente, parte das manifestações são políticas e de orientação do presidente da República quando ele diz que mandou R$ 12 milhões para o governo, o que é uma mentira, já que esses valores estão dentro das transferências constitucionais obrigatórias”, finalizou Francisco Limma.
Fonte: Alepi