Cícero Magalhães critica a prefeitura e as empresas de transporte coletivo de Teresina

 Cícero Magalhães critica a prefeitura e as empresas de transporte coletivo de Teresina

Na manhã desta segunda-feira (20), a pedido dos deputados estaduais Gessivaldo Isaías (Republicanos) e Teresa Britto (PV), foi realizada Audiência Pública sobre a crise do transporte público de Teresina, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Entre os participantes, estavam Cícero Magalhães, parlamentar pelo PT, Ajuri Dias, presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí) e Edno Carvalho, representante do Ministério Público do Trabalho (MPT-PI). Problemas que a população tem enfrentado foram expostos, assim como encaminhamentos para que o serviço volte a funcionar normalmente.

O presidente do Sintetro, Ajuri Dias, contou que, nesses quase dois anos em que o transporte público está praticamente parado em Teresina, os trabalhadores estão sentindo as consequências, tanto enfrentando problemas psicológicos quanto tendo dificuldades financeiras, até para comprar alimentos. Ele afirmou que é fundamental que alternativas sejam encontradas para que a crise seja encerrada. “A gente concorda com a questão da desoneração de impostos. Acho que o combustível tem aumentado muito e a diminuição desses impostos, com subsídio por pelo menos um ou dois anos, iria contribuir para o equilíbrio do sistema”, disse.

Edno Carvalho, representando o Ministério Público do Trabalho, relembrou que no início da pandemia, em março e abril de 2020, muitos trabalhadores das empresas de transporte público foram demitidos. “Demitiram e, infelizmente, utilizando um dispositivo da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que não era aplicado ao caso, tentaram escapar do pagamento das verbas indenizatórias. A alegação era que elas deveriam ser arcadas pelo poder público estadual e municipal”.

Edno Carvalho acrescentou que ao longo dos meses outros empregados deixaram de ganhar seus salários ou passaram a receber de forma proporcional às horas e dias trabalhados. A crise, segundo ele, não é fruto apenas da pandemia, pois antes desse período já havia sinais. “Nós tínhamos, por exemplo, a redução da demanda, que já era para ser conhecida pelo poder público e pelo empresariado”. O debatedor concluiu afirmando que não é possível perceber um monitoramento da prestação do serviço para que existam ajustes ao longo do tempo.

O deputado Cícero Magalhães reforçou as críticas às empresas de transporte e à prefeitura de Teresina. “Eu fui vereador junto com Dr. Pessoa. Eu gostava muito quando ele dizia que ‘empresário é desalmado’. O que eu digo para o prefeito hoje? Ele sabe o que é um trabalhador sair de casa pegando ônibus, quando tinha, porque hoje não tem. Fica feio para ele enterrar o sistema de transporte coletivo da nossa cidade”.

O parlamentar petista informou que esteve com o governador Wellington Dias (PT), o qual já comunicou ao Dr. Pessoa (MDB) a garantia de repasse dos valores referentes ao Estado. “Do policial militar, policial civil, aluno, deficiente, o que for inerente ao Estado. Já é um grande passo”, disse.

Fonte: Alepi

Compartilhe