No Piauí, PT disputa a eleição com recorde de candidatos: mais de 1.500 nomes

 No Piauí, PT disputa a eleição com recorde de candidatos: mais de 1.500 nomes

O Partido dos Trabalhadores no Piauí disputará no próximo domingo, durante a eleição para escolha de prefeitos e vereadores, com o maior número de candidatos da sua história: são 1.453 nomes concorrendo a vaga nas câmaras municipais e 79 candidatos às prefeituras.  Para se ter uma ideia do crescimento, no último pleito municipal, em 2016, o partido não tinha 900 candidatos.

Esse número mostra que o PT está mais forte, organizado e mobilizado do que nunca. Na última segunda-feira (9), o assunto foi discutido no programa “Cajuína e outros papos”, que faz parte do canal de vídeo do PT no Facebook. O presidente do partido no Piauí, deputado Francisco Limma, foi o entrevistado pelo professor Wellington Soares e pelo deputado João de Deus.

Limma enfatizou esse recorde de candidaturas mostra que o PT continua vivo, forte e ao lado da população. “Quem pensava que o PT havia morrido após o golpe de 2016 [com o afastamento da presidente Dilma] e com a eleição do Bolsonaro em 2018, estava completamente enganado”, disse o presidente da sigla.

Apesar dos fortes ataques que o partido vem sofrendo nos últimos anos, da grande mídia, do judiciário, da elite empresarial, o PT soube se preparar para a disputa das eleições municipais de 15 de novembro. “O partido está conseguindo fazer a população entender que quem cuida dela é o PT, como diz o nosso slogan”, esclareceu Limma.

Cerca de 80% dos candidatos do PT no Piauí devem ser eleitos, na previsão do presidente do partido. Dos 79 candidatos que disputam as prefeituras, o partido acredita que terá êxito em 50 municípios. O número de vereadores deve passar dos atuais 198 para mais de 400. “A maior parte dos prefeitos do partido caminha para a reeleição. Somado a isso, temos muita gente nova tanto na idade como na política, o que oxigena o partido”, comentou Francisco Limma.

Novos nomes do partido, são aliás, uma das marcas do PT ao longo dos anos, e isso se intensificou entre a última eleição municipal e a atual. “Percebemos que havíamos tido um envelhecimento dos políticos, não da idade, mas de tempo no partido e em mandatos. E precisávamos de uma renovação. Por isso, temos muita gente nova em 2020”, avaliou o presidente.

Ele citou como exemplos de novidade que disputam as prefeituras a dupla Haroldo (cabeça de chapa) e Marquinhos (vice), em Barreiras do Piauí, Camila Barbosa, em Lagoa do Piauí, e Nonatinho do Sindicato, em Cocal. “São cidadãos e cidadãs que estão querendo mudanças e estão bem antenados com a política”, explicou o presidente.

Limma frisou ainda, durante a entrevista, que justamente essa gente nova faz parte da política do PT de ter em seus quadros pessoas que abracem a causa do partido. Ele lembrou que a partir de 2016 a sigla perdeu muitos políticos com mandato, que migraram para outros partidos. “Não vimos isso como algo ruim, pois eram gestores ou parlamentares que não tinham identidade com o partido”, comentou o deputado.

Por outro lado, o PT também ganhou novos filiados, pessoas que se identificam com as bandeiras sociais do partido. E essas bandeiras estão ganhando cada vez mais força em nível mundial, com a eleição de candidatos mais voltados para o lado social, como Alberto Fernandez, na Argentina, Luís Arce, na Bolívia, e Joe Biden, nos EUA. “Há uma tendência mundial contra o conservadorismo”, avaliou Limma.

Sobre o crescimento do PT e de candidaturas de esquerda, Francisco Limma fez comentários com relação a alguns partidos. Ele acredita que o Progressistas não terá mais do que 100 prefeitos eleitos. E também que o PSD terá números próximos ao do PT.

Teresina
Capital do Estado e maior colégio eleitoral, com influência sobre a eleição estadual de 2022, Teresina não deverá manter o mandato aos tucanos. Na avaliação de Wellington Soares, João de Deus e Francisco Limma, a oposição vai destronar o PSDB do Palácio da Cidade. Eles atribuem essa previsão à falta de projetos e propostas dos tucanos para resolver os problemas da capital.

“Teresina está com os mesmos problemas desde os anos 80 sem que a Prefeitura tome providências Bastou uma chuva de verão para mostrar que a cidade não tem planejamento de escoamento da água da chuva”, criticou Limma. Ele também ressaltou como pontos fracos da administração do prefeito Firmino Filho o transporte público, a sinalização do trânsito, a iluminação pública e a saúde.

“Na eleição de 2016, a oposição teve 48% dos votos. Agora já tem mais de 60% da preferência do eleitorado. A população já deixou claro que que quer uma renovação”, disse o deputado Limma, que aproveita para parafrasear o governador Wellington Dias ao colocar que o PSDB é um time que não consegue mais encantar sua torcida.

O candidato do PT à Prefeitura de Teresina, Fábio Novo, tem tido uma boa aceitação, mas segundo o deputado João de Deus, o partido errou ao não ter candidatura própria na capital anos de 2008 e 2016, pois isso enfraquece a sigla.

Interior
Saindo da capital, o PT tem chances de vitória em cidades como Picos, Campo Maior, Piripiri, Pedro II, Altos, União Ipiranga, Cocal, Cristino Castro, Barreiras, Redenção do Gurgueia, Coivaras, Santa Luz, Corrente, Elizeu Martins, Marcolândia, Alegrete, São Luís do Piauí, Bocaina, Alto Longá, Morro do Chapéu, entre outros.

“Em Joaquim Pires, a perspectiva é que nosso candidato Genival Bezerra seja eleito com mais de 80% dos votos. Em Esperantina, nossa candidata (professora Jesus) cresceu muito em 40 dia. Ela passou do quarto para o segundo lugar”, contou Lima. Em outras cidades, o partido disse que há indefinição como Valença e Paulistana.

Em Parnaíba, embora o candidato da oposição não seja do PT, Limma acredita que é possível que Dr. Hélio tenha êxito. Ele lembra que em 2016, o atual secretário de Saúde Florentino Neto estava na frente das pesquisas, mas Mão Santa (DEM) acabou sendo eleito. “Nâo duvido que possa acontecer novamente, desta vez em nosso favor, com vitória do Dr. Hélio”, disse Limma.

Fonte: Pensar Piauí

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