Fábio Novo: “Prefeitura retirou 80 ônibus de Teresina. O que era ruim piorou”

 Fábio Novo: “Prefeitura retirou 80 ônibus de Teresina. O que era ruim piorou”

FOTO: ARQUIVO SOARES

O candidato do PT à prefeitura de Teresina, Fábio Novo, afirmou nesta quarta-feira (7), em entrevista à TV Cidade Verde, que o sistema de transporte púbico da capital, que passou por mudanças por meio do Integra, piorou os serviços à população.

“A gestão que está aí recebeu meio bilhão para resolver o nosso transporte. O que era ruim, piorou. Com esse dinheiro era para ter aberto corredores. Atualmente criou-se um trambolho. E olha só: os terminais não vão abrir politicamente, só vão abrir depois da eleição. O próximo prefeito terá que colocar o dedo na ferida e mudar esse sistema. Nós vamos fazer os corredores, vamos estudar o trânsito. Esse sistema que está aí tirou 80 ônibus de circulação e quebrou o comércio na Miguel Rosa e Dirceu. Vamos abrir mais ciclovias e ciclofaixas e sentar com o governo e pensar em uma linha do metro na zona sul e zona norte e interligar e fazer o bilhete único”, afirmou.

Para gerar emprego, Fábio Novo promete destravar a economia e atrair negócios e empresas.

“Precisamos atrair negócios, empresas, dinheiro para Teresina. Primeiro nós temos que destravar a economia para fazer andar as coisas na capital. Todas as obras com recursos garantidos e que não estejam licitadas, nós vamos colocar pra andar e gerar emprego. É preciso ter um olhar especial para os pequenos. Muita gente está querendo fazer alguma coisa e não tem recurso. Eu vou instituir o programa Busca Ativa Empreendedor. Eu quero descobrir quem, com 3 mil reais, quer começar um negócio. Precisamos atrair empresas. Licenças levam 3 anos”,

Parceria com Segurança Pública do Estado

Fábio Novo afirmou também que vai decretar calamidade na segurança da capital, caso seja eleito ao Palácio da Cidade. A medida seria logo em janeiro. A finalidade é colocar em prática um plano emergencial para a segurança com a colocação de mil homens nas ruas fazendo ronda em motos.

“Vamos fazer o que a prefeitura não fez: um centro de inteligência, monitoramento eletrônico – interligando guarda municipal com polícia. Se eu faço esse pacto pela segurança, se eu faço os equipamentos funcionarem e se eu tenho as polícias interligadas e uma valorização da guarda municipal, dando a infraestrutura necessária de coletes, carros, se comprometendo com o plano de cargos e salários e também fazendo concurso para que essa guarda vá aumentando gradativamente, eu não tenho dúvida que vai dar certo. Medelin [na Colômbia] fez assim. Era a cidade mais violenta e funcionou”, declarou.

“Em janeiro eu vou decretar imediatamente estado de calamidade na segurança do município para implantar um plano de emergência, recrutando logo mil homens e vamos espalhar esses homens com rondas permanentes na cidade”

Fábio Novo disse que o teresinense tem a sensação de insegurança, já que todos os equipamentos sociais dos bairros foram abandonados.

“Os CSUs, centros de produção, quadras de esportes, espaços de cultura. Esses espaços não funcionam ou funcionam muito precariamente sem uma política definida. Se não tem esses equipamentos funcionando nos bairros, as pessoas vão pra ociosidade e para a violência. Nós vamos ter uma política de recuperar nossas quadras de esporte, botar a nossa meninada para fazer esporte. Eu vou fazer uma parceria com as universidades e aquele aluno que tiver terminando Educação Física, a gente vai pagar a bolsa e ele vai pra uma quadra e vai mobilizar a comunidade e nós vamos fazer esporte. Vai ser bom para o corpo, mente e é uma política preventiva de segurança”, afirmou.

Na parte ostensiva, o candidato promete sentar com o governo para fazer um pacto pela segurança. “O município nunca chegou no estado para fazer um pacto pela segurança. O município tem 400 guardas municipais que estão improvisadamente em uma casa alugada. Nós vamos dividir a cidade por áreas, zonas. Vamos botar uma base lá na Santa Maria da Codipi, outra mais perto do Mocambinho, na zona Sul, Sudeste. Em todas as zonas de Teresina nós teremos uma base. Vamos sentar com o governador do estado e vamos pedir também que ele nos ajude com a polícia militar. É perfeitamente possível colocar em Teresina todos os dias, mil homens em uma moto fazendo rondas permanentes. Só isso ajuda a inibir”, defende.

Veja a entrevista na íntegra:

Participaram da sabatina os jornalistas Joelson Giordani, apresentador do Jornal do Piauí e diretor de jornalismo da TV; Elivaldo Barbosa, colunista político que assina a coluna “Tempo Real”; Nadja Rodrigues, apresentadora da TV Cidade Verde; Yala Sena, editora-chefe do Cidadeverde.com e Lídia Brito, repórter e colunista política do portal.

Fonte: Pensar Piauí
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