Flora Izabel propõe testagem gratuita para doadores voluntários de sangue
A deputada estadual Flora Izabel(PPT) apresentou, nesta quarta-feira (19), um projeto de lei que prevê a testagem gratuita para detecção do novo coronavírus para os doadores voluntários de sangue no Piauí.
Segundo a parlamentar, os testes vão proporcionar mais segurança aos doadores e aos receptores. Os doadores fazem provas de laboratório para detectar Hepatite B, Sífilis, Doença de Chagas, Malária e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
A parlamentar disse que o objetivo do projeto é instituir uma política social em saúde pública de incentivo à doação voluntária de sangue, principalmente, durante a pandemia, já que no isolamento social as doações caíram em torno de 50%, havendo o risco de esgotamento dos estoques diante das constantes demandas.
Flora explicou que, mesmo na pandemia, é preciso manter os estoques já que muitas pessoas precisam de sangue nos hospitais durante cirurgias e tratamentos de algumas doenças. Segundo ela, o sangue, sem qualquer risco de contaminação, é essencial para tratamentos e intervenções cirúrgicas urgentes e permite aumentar a esperança e qualidade de vida de pacientes com doenças potencialmente mortais.
“As pessoas com câncer e leucemia que precisam de serviços de transplante, mulheres que sofrem de hemorragia pós-parto e vítimas de acidentes e de conflitos armados que estão entre as que chegam diariamente aos hospitais piauienses, precisam de transfusões urgentes”, falou deputada.
Para Flora, o projeto de inclusão dos testes sorológicos para Covid-19 dentre os exames sorológicos já realizados no sangue coletado de doadores voluntários, é importante, tendo em vista que, além de incentivar as doações aos bancos de sangue do Piauí, considerando que os testes ainda não são suficientes para todos na rede pública, e caros na rede particular, vai proporcionar mais segurança aos doadores e aos receptores.
Transfusão de sangue – Em tese há a possibilidade de haver também a transmissão da Covid-19 pelo sangue transfundido, embora não haja, até o momento, nenhuma evidência científica ou relato de caso em qualquer lugar do mundo neste sentido, entretanto as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fazem ressalvas quanto a doações relacionadas a pessoas com alguma relação direta ou indireta com o novo Coronavírus – Covid-19.
O Ministério da Saúde, por meio da Nota Técnica nº 13/2020-CGSH/DAET/SAES/MS1, fala não haver risco de transmissão, mas reconhece que o vírus SARS-CoV-2 causador da Covid-19 possui o risco desconhecido, potencial ou confirmado, de transmissão por transfusão sanguínea, recomendando como precaução considerar a pessoa inapta para doação nas seguintes circunstâncias relatadas nos itens abaixo:
I – Candidatos à doação de sangue que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados de infecções pelo SARS-CoV-2 (inaptos por 14 dias após o retorno destes países);
II – Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARSCoV-2 após diagnóstico clínico e/ou laboratorial (inaptos por 30 dias após a completa recuperação da doença);
III – Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelo SARS-CoV-2 (inaptos pelo período de 14 dias após o último contato com essas pessoas);
IV – Candidatos à doação de sangue que permaneceram em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica devido a sintomas de possível infecção pelo SARS-CoV-2 (inaptos no mínimo por 14 dias, e durante o período que perdurar o isolamento).
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomenda que só podem doar sangue “pessoas saudáveis que não apresentam sintomas semelhantes aos da gripe e que não tiveram contato com casos confirmados de COVID-19”, acrescentando que as “pessoas que estiveram doentes, viajaram ou tiveram contato com um caso Covid-19 podem doar um mês após a viagem, contato ou recuperação total”.
A OPAS sugere aos governos a manutenção dos suprimentos adequados de sangue, enquanto trabalham no combate ao Covid-19, o que, para a organização, «significa garantir que os doadores voluntários possam continuar doando com segurança sangue, plaquetas e plasma.
Da Redação