Lula promete reforma agrária e diz que MST “não precisa mais invadir terra”

 Lula promete reforma agrária e diz que MST “não precisa mais invadir terra”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, nesta terça-feira (13/6), uma reforma agrária “tranquila e pacífica”e disse que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não precisa mais invadir terras.

“Nós vamos fortalecer a pequena e média propriedade, o agronegócio e a reforma agrária. Onde precisar assentar gente, a gente vai assentar. É uma coisa importante. Eu disse para o Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário] que não precisa mais invadir terra.”

O petista ainda sugeriu que as terras improdutivas precisam ser ocupadas, uma vez que os proprietários não conseguem desenvolvê-las. Lula, no entanto, declarou que não precisa de “guerra” para que isso aconteça.

“Temos aproximadamento 4,6 milhões propriedades com menos de 100 hectáres. Essas propriedades geram bastante oportunidade de trabalho, porque ninguém consegue produzir sozinho 50 hectáres. Então, a gente precisa que as pessoas tenham gente que trabalhe. É o trabalho que dá dignidade à pessoa”, sugeriu.

“O Incra vai comunicar o governo quais são as propriedas improdutivas que existem e a partir daí nós vamos discutir a ocupação dessas terras. Não precisa ter barulho e nem guerra. Precisamos ter competência e articulação”, pontuou.

CPI do MST

Aberta em 23 de maio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). No dia da estreia, em sessão tumultuada, houve discussões e gritaria, deputados da base do antigo governo atacaram o movimento e fizeram associação a “terrorismo”.

Sem definir medidas concretas para o colegiado, o texto do plano de trabalho estabelece diretrizes do trabalho a partir de agora. Já no dia 24 de meio, os deputados vão votar os requerimentos apresentados pelos titulares. Segundo o presidente da comissão, deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS), ele terá de intercalar as analises entre pedidos de parlamentares da oposição e os do governo.

O plano encaminhado pelo relator da CPI, o deputado Ricardo Salles (PL-SP) define que a CPI irá:

– requisitar informações e documentos de entidades públicas e privadas;

– ouvir testemunhas para esclarecer as invasões do MST;

– realizar oitivas de investigados;

– convidar ou convocar ministros de Estado cujas atribuições estejam realizadas com o assunto investigado;

– analisar denúncias de invasões de propriedades privadas por movimentos sociais;

– realizar visitas técnicas aos estados e municípios onde aconteceram as invasões denunciadas pelos autores da CPI;

– quebrar sigilos e requisitar relatórios de inteligência;

– analisar propostas legislativas sobre o assunto em tramitação na Câmara dos Deputados.

Fonte: pensarpiaui.com

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