Rafael e Wellington condenam racismo sofrido por Vinicius Junior

 Rafael e Wellington condenam racismo sofrido por Vinicius Junior

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e o governador do Piauí, Rafael Fonteles, usaram as redes sociais para repudiar os atos de racismo sofrido pelo jogador brasileiro Vinicius Junior, do Real Madri, em partida realiza ontem pelo campeonato espanhol.

Wellington Dias escreveu: “Me solidarizo com o jogador brasileiro @vinijr que vem sendo vítima de racismo pelas torcidas espanholas. É inadmissível que continuemos escrevendo notas e lamentando casos como este. Deixem o Vini Júnior jogar, deixem as pessoas negras viverem em paz.”

Já o governador Rafael Fonteles, convicto flamenguista, primeiro enalteceu a vitória do Flamengo sobre o Corinthians, por 1 x 0 ontem pelo campeonato Brasileiro. Em seguida o governador do Piauí falou de @vinijr“Infelizmente, no mesmo dia tivemos mais um lamentável caso de racismo durante o jogo do Real Madrid contra o Valência, envolvendo o jogador Vinícius Júnior. Prática vergonhosa que deve ser combatida e devidamente punida. Para que todos os jogadores sejam respeitados e que o futebol seja cenário apenas de vitórias e boas memórias.”

O caso Vini Junior

O atacante Vinicius Junior, do Real Madrid, foi vítima novamente de racismo durante uma partida de uma das mais importantes ligas da Europa. O caso ocorreu no jogo contra o Valência, realizada no Estádio Mestalla, válido pela 35ª rodada da La Liga. Virou rotina e a Real Federação Espanhola de Futebol não toma qualquer providência séria e efetiva.

Durante o segundo tempo, o atleta negro brasileiro passou a ser xingado em coro de “macaco” pela torcida valenciana. Já sem paciência após dezenas de episódios idênticos, claramente negligenciado pelos cartolas que mandam no futebol espanhol, num lance aos 24 minutos, após novos insultos, o jogador partiu pra cima dos torcedores, à beira do campo, para tomar satisfação e acabou contido por companheiros de clube, seguranças e atletas adversários. O árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea literalmente puxado pelo boleiro brasileiro até os limites do campo para que visse pessoalmente o que acontecia no público.

Um aviso nos alto-falantes do Mestalla informou aos torcedores que a partida estava suspensa pelo ocorrido racista e que só seria retomada após os xingamentos pararem. Após oito minutos de paralisação, a bola voltou a rolar em Valência.

Depois de pouco mais de 20 minutos do retorno ao gramado, num desentendimento e já com os nervos à flor da pele em decorrência do caso de racismo sofrido, Vini se envolveu numa confusão com o goleiro Mamadarshvili e levou uma ‘gravata’ do atacante Hugo Duro, ambos do Valência. Ao reagir ao ‘golpe’, o brasileiro acertou um tapa no rosto de Duro e acabou expulso após uma checagem no VAR.

Como já ocorrido nas dezenas de vezes anteriores, a direção da La Liga apenas “repudiou” o “incidente” e falou em “tomar medidas cabíveis”. O Valência foi na mesma direção e diz “lamentar insultos e ataques”. Ninguém usa o termo racismo e os clubes envolvidos nos ignominiosos casos contra Vinicius Junior seguem sem qualquer punição.

Fonte: pensarpiaui.com

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