Wellington Dias defende que empresas usem o CadÚnico para contratações
Na auduência pública ontem (25) no Senado, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate a Fome, Wellington Dias, defendeu ações que retirem o Brasil do Mapa da Fome e, ainda, o fortalecimento da classe média. A discussão foi nas comissões de Direitos Humanos (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS).
O ministro sugeriu que órgãos públicos e privados utilizem o CadÚnico como ferramenta para a contratação de trabalhadores. Para ele, a medida pode ser uma janela de oportunidade para 27,5 milhões de pessoas em idade produtiva. ” Ali vamos encontrar pessoas com ensino médio, ensino técnico, ensino superior e pós-graduação”, explicou o ministro.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) avalia as condições de um país durante três anos para excluí-lo do Mapa da Fome. O Brasil havia saído deste mapa em 2014, mas retomou em 2015 e, a situação se agravou a partir de 2020, com a pandemia do novo coronavírus. “Estou bastante animado. O desafio não é pequeno”, disse o ministro Wellington Dias.
A partir de 2021, o país registrou 33 milhões de pessoas passando fome — o que significa que 28% da população não têm acesso a três refeições diárias. Para fazer frente ao problema, a pasta aposta no aperfeiçoamento do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
“Em janeiro deste ano, o Brasil tinha 94 milhões de pessoas no CadÚnico. Isso significa que quase a metade da população de um país que está entre as dez maiores potências econômicas no mundo vive na pobreza. Destes 94 milhões, 55 milhões estão na extrema pobreza. Estou falando de um quarto da população de um país, que é o quarto maior produtor de alimentos”, lembrou Wellington Dias.
Além de retirar o Brasil do Mapa da Fome a pasta comandada por Wellington Dias tem ainda outros desafios. “Vamos tirar o Brasil, de novo, do Mapa da Fome e do Mapa da Segurança Alimentar e Nutricional e, ao mesmo tempo, garantir que tenhamos as condições para a redução de pessoas na extrema pobreza e da pobreza, e ainda, fazer cresce a classe média”, elencou Dias.
Com informações da Agência Senado
Fonte: pensarpiaui.com