1º de Maio: Lula reafirma “compromisso com o povo trabalhador”

 1º de Maio: Lula reafirma “compromisso com o povo trabalhador”

Lula fez questão de passar o primeiro Dia do Trabalhador de seu novo governo ao lado dos operários e operárias do país. Por isso, neste 1º de Maio, foi ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde as centrais sindicais organizaram ato público. 

O presidente agradeceu a chance de governar o país por mais quatro anos e prometeu realizar ainda mais coisas que nos dois primeiros mandatos.

“Vou fazer muito mais, por conta do meu compromisso com o povo trabalhador, com as pessoas que ralam o dia inteiro, que levantam 5h da manhã e andam duas horas de ônibus ou até pé, que pegam um trem lotado ou um metrô entupido, para levar um dinheirinho para casa”, disse (veja a íntegra do discurso abaixo).

“A missão que eu assumi é a de que este país volte a ser alegre, o nosso povo possa voltar a sorrir”, garantiu, citando ainda a volta do Farmácia Popular e o reforço do SUS como medidas que buscam ajudar os trabalhadores, especialmente aqueles já aposentados.

Ao discursar, Lula lembrou algumas das medidas que já foram tomadas em defesa da classe trabalhadora em apenas quatro meses de governo, como o projeto de lei que tornará obrigatório o pagamento de salários iguais para mulheres e homens com a mesma função.

“Não é possível que, depois de tantos milênios de existência da humanidade, a gente ainda trate a mulher como se fosse um ser inferior”, criticou, condenando também o assédio e a violência de gênero.

Salário mínimo e imposto de renda

Outras duas medidas destacadas por Lula foram a isenção no imposto de renda para quem ganha até R$ 2.640 e a volta da política de valorização do salário mínimo acima da inflação.

“Quando o salário mínimo aumenta, quem ganha não é só o cidadão que recebe. Ganha o dono do comércio, o cidadão que vende cachorro-quente, pastel, comida”, disse. 

“Porque o trabalhador tendo mais dinheiro, ele compra mais; ele comprando mais, o comércio gera mais emprego e encomenda coisa da indústria; a indústria gera emprego. E começa a funcionar aquilo que eu disse na televisão: a roda gigante da economia começa a girar e todo mundo começa a ganhar”, completou.

O presidente disse também estar empenhado em trazer investimentos para o Brasil com o intuito de gerar mais empregos. “Vocês viram que eu já fui para Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai e vou para a Inglaterra agora. O que nós estamos fazendo? Estamos convidando empresários estrangeiros para fazer investimentos no Brasil.” 

Pela redução da taxa de juros

Ele, no entanto, lembrou que a taxa de juros que o Banco Central, hoje comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, tem atrapalhado a retomada da economia. 

“A gente não pode viver num país onde a taxa de juros não controla a inflação, controla o desemprego, porque, na verdade, ela é responsável por uma parte da situação que nós vivemos hoje”, afirmou.

Ao discursar antes de Lula, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, também criticou o BC de Bolsonaro e anunciou que o movimento sindical está em campanha permanente pela queda da taxa de juros. “Temos que tirar esse picareta desse Campos Neto, que está sabotando o crescimento do país com uma taxa de juros de 13,75%”, defendeu.

Fonte: pt.org.br

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