Cármen Lúcia diz que “houve excessos e erros” na Operação Lava Jato
O Roda Viva recebeu na segunda-feira (6) a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em pergunta feita pela apresentadora Vera Magalhães, a jornalista relembra que Cármen Lúcia assumiu a presidência no STF durante o auge da Operação Lava Jato — iniciativa de combate à corrupção, que teve início em março de 2014. Em sua pergunta, Vera questiona as medidas do Supremo e os recuos do projeto.
“[…] E a senhora foi muito cobrada, inclusive pela bancada, de quando o supremo poderia ter essa agilidade da Lava Jato de Curitiba. Passados esses quatro anos, o projeto viveu uma grande revisão, inclusive no Supremo. Com muitos dos líderes entrando para a política e sendo mal vistos dentro do judiciário. Nessa questão, qual balanço a senhora faz da ascensão e queda da Lava Jato?”, pergunta a repórter.
“O Supremo só julgou, no caso da Operação Lava Jato, os recursos. Porque os processos tramitavam em primeira instância, portanto o pouco que chegou foi em Habeas Corpus ou em recursos. O que fica de lição, é principalmente que corrupção precisa ser investigada, e acho que ninguém duvida disso. Tem que ser processada legalmente. E, além disso, qualquer investigação, de qualquer natureza, qualquer que seja o crime, qualquer que seja a pessoa implicada precisa cumprir o devido processo legal”, diz ministra.
Ao final, a ministra disse que “houve excessos, houve erros, e esses erros constituem nulidades”.
Assista ao programa na íntegra