Lula é o brasileiro mais poderoso da história
Por Eduardo Guimarães, jornalista, no Blog da Cidadania
No próximo dia 10, Lula adentrará o solo norte-americano com vistas a encontro bilateral com Joe Biden. Na pauta, o destino de Jair Bolsonaro. Tudo isso após o governo dos Estados Unidos ter pressionado os militares brasileiros a não embarcarem na aventura golpista do presidente anterior.
Lula e Biden discutirão, além da deportação oportuna de Bolsonaro para prestar contas à Justiça brasileira, também a criação de um organismo multilateral destinado a pôr fim ao conflito na Ucrânia, via um “Clube da Paz”.
A proposta já foi apresentada por Lula no encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, na semana passada. O grupo foi batizado por Lula de “Clube da Paz” e prevê a participação não só das potências globais, mas, também, de países de diversos continentes para tratar do conflito ucraniano.
Outro tema prioritário do encontro será a defesa da democracia frente a movimentos de extrema-direita. A pauta inclui, ainda, a discussão sobre as mudanças climáticas e investimentos norte-americanos no Brasil.
Se alguém se lembrar de outro presidente brasileiro que teve um apoio tão grande a ponto de discutir a geopolitica planetária com o homem mais poderoso da Terra — que é, invariavelmente, o presidente de turno dos Estados Unidos –, favor avisar.
Não há. Lula discute geopolítica mundial desde seus dois brilhantes mandatos anteriores, quando tirou o Brasil dos périplos de mendicância mundo afora, a que o país foi obrigado desde a redemocratização e que foi nossa pauta internacional quase única de Collor a FHC.
Apesar de Lula discutindo mundo afora questões que interessam à humanidade como um todo não ser novidade, nunca antes na história deste país o governo norte-americano se mobilizou em razão dos NOSSOS interesses. A pauta predatória dos EUA no Brasil deu lugar a uma outra, benfazeja, na qual os americanos tiveram papel preponderante na defesa da nossa sempre ameaçada democracia.
No Brasil, Lula não precisou de muito tempo para começar a formar a maior base parlamentar de apoio da história. Reportagens de O Globo e do Estadão desta segunda-feira, 6 de fevereiro, dão conta de que 1/4 do Partido de Bolsonaro e 60% do PP estão aderindo a Lula. e que o Centrão e a base governista discutem blocs, federações e até fusões para apoiar o atual governo.
Claro que tudo isso depende de o presidente pagar a fatura que a chegada à Presidência lhe apresentou. E essa fatura é a melhora das condições de vida da população em geral, para além do socorro aos mais pobres e desvalidos.
O socorro às vítimas da tentativa bolsonarista de genocídio, a volta da Cultura e dos Direitos Humanos não bastam; o Brasil precisa melhorar a vida de todo um país, que assiste à degradação dessas condições gerais de vida desde o ocaso do governo Dilma, com a crise fiscal se estabelecendo.
Porém, se existe um brasileiro que possa fazer isso o seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva. Ele tem experiência, apoio e visão do que é preciso fazer. A oposição ao seu projeto se resume a fanáticos de extrema-direita desmoralizados e que lutam para se manterem do lado de fora das prisões.
Fonte: pensarpiaui.com