Governo Lula fará busca ativa para achar famílias que precisam do Bolsa Família

 Governo Lula fará busca ativa para achar famílias que precisam do Bolsa Família

O governo Lula vai retomar, em parceria com os municípios, a estratégia de busca ativa para localizar famílias que têm direito de receber o Bolsa Família, mas ainda estão fora do programa.

O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), que explicou o objetivo da iniciativa em um vídeo publicado nas redes sociais (assista abaixo).

Adotada nos governos anteriores do PT, a busca ativa se mostrou uma poderosa ferramenta de inclusão social por ser capaz de identificar famílias extremamente vulneráveis, que muitas vezes não têm condições de ir atrás de seus direitos, seja por falta de informação, seja por dificuldade de acessar a rede de proteção social em sua cidade.

Dessa forma, em vez de os assistentes sociais esperarem que os cidadãos os procurem, são eles que partem em busca dessas pessoas, para informá-las e cadastrá-las no programa.

“Nós vamos ter várias frentes (de atuação). Uma delas é essa de dar a mão, de trazer para a proteção social quem está passando fome. São pessoas que, em todas as regiões do Brasil, têm direito ao Bolsa Família, mas ficaram de fora”, explicou Dias.

Ainda segundo o ministro, os municípios receberão recursos do governo federal para realizar essa busca, que ajudará também na identificação das famílias que têm crianças com menos de 6 anos e, por isso, terão direito a receber R$ 150 a mais por cada menino ou menina nessa faixa etária.

“Vamos voltar a repassar recursos para os municípios e garantir as condições desse trabalho, para trazer quem precisa receber o Bolsa Família e fazer a definição das famílias que têm crianças para receber, a partir de março, os R$ 150”, disse Dias.

Bolsonaro sabotou combate à fome

A medida faz parte do esforço do governo Lula de recuperar a política de combate à fome e à miséria, que sofreu graves estragos nos últimos anos. Durante o governo Bolsonaro, o Cadastro Único, que serve para identificar e acompanhar as famílias vulneráveis, foi fortemente distorcido, ao ser atualizado sem a participação dos municípios e via aplicativo de celular.

Um dos resultados, por exemplo, foi a explosão no número de famílias compostas por apenas uma pessoa, que saltou de 2,2 milhões para 5,3 milhões, entre novembro de 2021 e agosto de 2022, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.

Com isso, o governo Bolsonaro passou não só a pagar o mesmo valor para famílias de diferentes tamanhos como a beneficiar apenas as pessoas com condições de fazer um cadastro via celular, abandonando completamente as pessoas em condição de vulnerabilidade extrema.

Fonte: pt.org.br

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