Governo deixa mais de 400 mil famílias sem transferência de renda
O Governo Bolsonaro não está pagando o auxílio emergencial a mais de 400 mil famílias que se encontram na fila de espera do programa Bolsa Família. Ou seja, além de estarem aguardando na fila do programa, essas famílias em situação de extrema pobreza também não receberam um centavo da ajuda do governo para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Atualmente, 1,2 milhão de famílias cadastradas estão na fila de espera para receberem a transferência de renda. Todas as famílias apresentaram a documentação necessária para comprovarem a sua situação de pobreza, sendo que todas foram confirmadas pelo Ministério da Cidadania.
Porém, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, do total de 1,2 milhão 763 mil famílias já estão recebendo o auxílio emergencial do governo, enquanto que 423,3 mil não teriam recebido a renda mensal do Bolsa Família e tampouco o valor referente ao auxílio para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
São mais de 400 mil famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social, já que não recebem nenhum tipo de ajuda financeira para cobrir as suas necessidades mais básicas.
O dado vem agravar ainda mais a crise social que atinge o país, que inclusive já retornou ao mapa da fome, fato impensável diante de todos os programas sociais que foram implementados durante os governos petistas de Lula e Dilma.
É bom lembrar que o programa Bolsa Família – criado durante o Governo Lula e que tirou mais de 36 milhões de pessoas da extrema pobreza – começou a ser desmontado ainda durante o governo golpista de Michel Temer que atuou mais para criminalizar a pobreza do que para investir na sua erradicação.
A situação ficou ainda pior com Jair Bolsonaro que, além de promover sucessivos cortes no total de famílias beneficiadas pelo programa, ainda reduziu o valor do auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso para R$ 150 durante a pandemia. Essas ações vem contribuindo fortemente para aumentar ainda para fazer com milhões de famílias retornem à situação de extrema pobreza no Brasil, o que vem sendo noticiado pela mídia mundial.
Além da crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus, o país atravessa uma grave crise econômica, onde a taxa de desemprego bateu recorde no primeiro trimestre do ano e atingiu o índice de 14,7%. Hoje, são quase 15 milhões de desempregados no país, sem contar o alto índice de trabalhadores que atuam na informalidade e no subemprego.
Fonte: pt.org.br