Na Cúpula do Clima, Bolsonaro mente, faz promessas e Biden se ausenta
Em discurso decorado e repetido de pouco mais de 6 minutos, Jair Bolsonaro discursou na Cúpula do Clima nesta quinta (22).
Sem revelar o desmonte que faz, ao lado de Ricardo Salles, das estruturas de fiscalização, ele afirmou:
“Determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais”.
Joe Biden prometeu reduzir a emissão de gases do efeito estufa pelos Estados Unidos entre 50% e 52% até 2030.
Bolsonaro concordou com os “compromissos ambiciosos” e prometeu reduzir em 43% a emissão de gases até 2050 e acabar com o desmatamento ilegal até 2030.
O presidente, no entanto, repetiu diversas vezes a palavra “desenvolvimento”, que, traduzida, seria exploração dos recursos naturais da Amazônia.
“É preciso fazer mais. Devemos enfrentar o desafio de melhorar a vida dos mais de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, região mais rica do país em recursos naturais”, disse ele.
Como foi ao evento pedir dinheiro, apesar dos R$ 2,9 bilhões parados, ele reiterou a necessidade de “cooperação internacional”, vista por diplomatas como “chantagem”, e pediu “justa remuneração” por supostos “serviços ambientais” prestados.
Biden se ausenta durante discurso de Bolsonaro na Cúpula do Clima
O discursou de Bolsonaro, na Cúpula do Clima, aconteceu sem a presença do presidente dos EUA, Joe Biden.
Biden teria deixado a sala após a fala do presidente argentino, Alberto Fernández.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) falou sobre o caso: “Bolsonaro fez o discurso na Cúpula do Clima, mas Biden não estava na sala. Na diplomacia, cada movimento é um grande gesto. A falta de credibilidade do Brasil é brutal.”
Avesso aos padrões diplomáticos, Bolsonaro também fez questão de não cumprimentar o presidente estadunidense.
Fonte: Pensar Piauí