“Nada apagará os 580 dias da prisão injusta de Lula” afirma Gleisi Hoffmann
“A anulação das condenações é um pedido de justiça da sociedade brasileira e internacional, da luta da nossa militância e de todos aqueles que sempre acreditaram na inocência do presidente Lula”, afirmou Gleisi, em discurso.
Apesar disso, insistiu a deputada, “nada pagará os 580 dias de prisão injusta que Lula teve, a dor e a humilhação a que ele foi submetido, assim como a que foi submetida nossa militância, os amigos de Lula, que ficaram por 580 dias na vigília Lula Livre”.
“Apesar de todas as barbaridades cometidas por Sergio Moro, isso nunca foi reconhecido em cinco anos. Lamento que tenhamos levado cinco anos para reconhecer aquilo que foi a primeira alegação da defesa de Lula em 2016: Lula não pode ser julgado na justiça federal do Paraná, que trata exclusivamente sobre os casos de ilícitos da Petrobras e ele nunca teve relação com esses casos”, discursou Gleisi.
Segundo a deputada, o mérito principal da decisão de Fachin é reconhecer a plena cidadania de Lula, devolvendo ao ex-presidente o direito de disputar as eleições. “Direitos que lhes foram roubados e que tiveram como resultado a eleição deste homem que está na Presidência da República”, reiterou Gleisi.
Gleisi advertiu que a decisão não pode livrar Moro de enfrentar a Justiça. “Essa decisão não pode afastar a penalização de Sergio Moro, um juiz suspeito, criminoso, que fez com que o presidente Lula ficasse cinco anos sendo julgado por crimes que ele não poderia ser julgado”, disse a deputada, destacando que Moro deve ser julgado e condenado pelos crimes que cometeu.
Gleisi ainda elogiou o trabalho dos advogados de defesa de Lula.“Faço uma saudação a Cristiano e Valeska Zanin, que sempre foram firmes em combater as ilicitudes da Lava Jato e também à falta de direito que o presidente Lula teve nesse processo, enfrentando os tribunais”, ressaltou.
Da Redação