Programa de Michelle Bolsonaro destinou dinheiro a ONG que atuou contra aborto de menina estuprada no ES

 Programa de Michelle Bolsonaro destinou dinheiro a ONG que atuou contra aborto de menina estuprada no ES

A PRIMEIRA-DAMA MICHELLE BOLSONARO. FOTO: ALAN SANTOS/PR

O programa Pátria Voluntária, presidido pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, repassou recursos para uma ONG contra aborto que atuou no caso da menina de 10 anos estuprada em São Mateus, no Espírito Santo. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, o programa repassou 14,7 mil reais à entidade. Em resposta, a presidente da ONG, Mariângela Consoli, afirmou que a entidade foi indicada por alguém que ela não soube identificar.

O Programa Pátria Voluntária foi criado em julho de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro com o intuito de incentivar ações de voluntariado.

ONGs ligadas a Damares

programa também repassou sem edital de concorrência dinheiro de doações privadas a instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Segundo divulgou o jornal Folha de S.Paulo, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), beneficiada pelo programa com 240 mil reais, foi indicada por Damares para receber os recursos.

A AMTB consta do site da Receita Federal e em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015.

Doação vira verba do programa

governo federal destinou 7,5 milhões de reais doados especificamente para a compra de testes rápidos da Covid-19 para o Pátria Voluntária.

A doação foi feita pela Marfrig, um dos maiores frigoríficos de carne bovina do País. No dia 23 de março, a empresa anunciou que doaria esse valor ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus.

A doação teria sido feita nas primeiras semanas da pandemia no País, momento em que faltavam testes enquanto a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) era testar a população.

Fonte: Carta Capital

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