Na ONU, Bolsonaro diz ser referência no meio ambiente e nos direitos humanos
- Notícias do PT
- Setembro 22, 2020
Bolsonaro fez a declaração após afirmar que, apesar da pandemia do coronavírus, o agronegócio brasileiro “continua pujante” e, acima de tudo, “possuindo e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”.
“Mesmo assim, somos vítimas das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. Amazônia brasileira é riquíssima, e isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos, que se unem a associações brasileiras aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”, afirmou o presidente.
O presidente declarou ainda que “somos líderes em conservação de florestas tropicais” e afirmou que as queimadas ocorrem praticamente nos mesmos lugares.
“Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo em seu interior”, afirmou. “Os incêndios acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam os seus roçados em busca de sua sobrevivência em áreas já desmatadas. Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação.”
Imprensa “politizou” a pandemia, afirma presidente
Bolsonaro lamentou “cada morte ocorrida” no Brasil por causa da Covid-19 e criticou novamente a imprensa sobre o índice de óbitos no País, que está na vice-liderança do ranking mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ele afirmou que, desde o princípio, alertou que “tínhamos dois problemas para resolver: o vírus e o desemprego”, e disse que, por decisão judicial, as medidas de isolamento e restrições de liberdade foram delegadas aos governadores.
“Como aconteceu em grande parte do mundo, parcela da imprensa brasileira também politizou o vírus, disseminando o pânico entre a população. Sob o lema ‘fique em casa’ e ‘a economia a gente vê depois’, quase trouxeram o caos social ao país”, disse.
Na sequência, Bolsonaro enumerou medidas econômicas do seu governo, como a concessão do auxílio emergencial de 600 reais, a destinação de 100 bilhões de dólares para ações de saúde, socorro a pequenas empresas e compensação de perda de arrecadação de impostos.
Disse ainda que a “grande lição” da pandemia é “não depender apenas de umas poucas nações para produção de insumos” essenciais, em referência implícita à China, nação da qual o Brasil dependeu para obter equipamentos de proteção individual.
Bolsonaro aproveitou para citar o uso da hidroxicloroquina, mesmo sem comprovação científica da eficácia do medicamento contra a Covid-19.
“Somente o insumo da produção de hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500% no início da pandemia”, afirmou o presidente.
Governo é referência em direitos humanos, diz Bolsonaro
Bolsonaro afirmou também que, no campo humanitário e dos direitos humanos, “Brasil vem sendo referência internacional pelo compromisso e pela dedicação no apoio prestado aos refugiados venezuelanos”.
Em seguida, aproveitou para atacar novamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como fez no discurso em 2019.
“A Operação Acolhida, encabeçada pelo Ministério da Defesa, recebeu quase 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana”, disse.
Além disso, afirmou que sua gestão está comprometida com os princípios da Carta das Nações Unidas, que cita o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais.
“Neste momento em que a organização completa 75 anos, temos a oportunidade de renovar nosso compromisso e fidelidade a esses ideais”, acrescentou.
Fonte: Carta Capital