Na próxima segunda-feira (20), a Secretaria Estadual de Mulheres do PT, promove a campanha “16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres: múltiplos olhares”, que visa realizar um trabalho educativo e de sensibilização pela não-violência contras as mulheres, e que acontece em âmbito nacional e internacional, em 127 países.
Em Teresina, acontece no auditório do PT Estadual, localizado na rua Dr. Area Leão, 860 – centro norte da capital – a partir das 18h. A temática será abordada, através de uma roda de conversa que contará com as presenças de Marinalva Santana, do Grupo Matizes – que falará da violência contras as mulheres lésbicas -, e Haldaci Regina, coordenadora Estadual de Políticas para as Mulheres – que abordará a violência contra as mulheres negras. Outras temáticas, relacionadas ao tema, também serão lembradas.
Campanha
“16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gêneros”. Esta campanha teve início, internacionalmente em 1991, através do Instituto pela Liderança Global das Mulheres (Women’s Global Leadership Intitute). Seu principal objetivo é estabelecer um elo simbólico entre violência de gênero e direitos humanos, enfatizando que a violência contra a mulher é uma violação aos direitos humanos.
Como marcos deste elo estão as datas: de 25 de novembro – Dia Internacional contra a Violência de Gênero – e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos e ampliar a cidadania das mulheres com observação a questão étnico racial. No Brasil, o ato teve início no ano de 2003.
Pesquisa
Segundo dados alarmantes, do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no mês de outubro deste ano, o Piauí possui a maior taxa de feminicídio do país. Os números só reforçam a importância de se falar sobre a temática: violência contra a mulher.
A pesquisa que comparou dados de 2015 e 2016 revela que, do total de mulheres mortas no Estado, somente ano passado, 57,4% foram vítimas de feminicídio, que é a morte pela condição do sexo feminino. O estado de Alagoas ocupa a segunda posição com uma taxa de 37,2%. Já a taxa nacional foi de 11,4%. No outro extremos da lista está o Rio de Janeiro que apresentou a menor taxa. Do total, de 430 mulheres mortas, apenas 16 foram vítimas de feminicídio.
Feminicídio
O feminicídio é uma qualificadora do homicídio, incluída no código penal em 2015, que leva em conta as condições em que a morte aconteceu. O crime é classificado como feminicídio quando ocorre pela condição do sexo feminino, havendo violência doméstica ou familiar ou ainda menosprezo ou discriminação à condição da mulher.
Você que deseja denunciar, ligue 180. Não se preocupe, sua identidade não será revelada.
Fonte: Geísa Chaves.